Eu não estava procurando, eu estava muito feliz, mas aconteceu. Eu estava sozinho quando ela entrou na sala. Ela perguntou as horas, tinha um compromisso. Ela disse algo, eu disse algo... E simples assim, eu quis passar o resto da minha vida naquela conversa.
E agora eu estou com isso, cravado na minha mente, no meu peito, pode ser que seja ela. Ela é engraçada, fala de um jeito único. É cheia de vontade, de personalidade, de inspiração. E ela é linda! Eu já vi mulheres muito bonitas em minha vida, mas ela está além, bem além...
Ela é você, sempre será. O problema é que não faço ideia de como estar com você neste momento. E isso me assusta, de um jeito, que minhas mãos tremem ao escrever aqui. Eu tenho esse medo constante de que se não estamos juntos neste momento, talvez nos percamos. A distância é colossal, a rotação é contínua, o caminho é cheio de intempéries, e as pessoas têm a mania de dormir no ponto, de piscar, e de perder os momentos. E se for esse o momento em que tudo poderia mudar?
Existe a possibilidade de que a espera seja melhor do que a conquista. Enquanto há um desejo, há uma razão para viver. A satisfação é a morte do desejo. Isso quem disse foi George Bernard Shaw e quem sou eu pra discordar? Quero dizer, ele foi um crítico literário e dramaturgo com mais de 70 peças, um Nobel de literatura e um Oscar, enquanto eu, nem blogueiro posso ser considerado.
Me agarrarei à ideia de que a espera não será um terror absoluto. Será até boa, pois o desejo de te reencontrar é extremamente motivador. Por ora, eu vou piscar o máximo que puder e aproveitar o som do silêncio. Porque quando estivermos juntos novamente, isso vai ter que acabar. Não vou querer perder nem mesmo os momentos entre os piscares de olhos. E vamos romper o silêncio de nossas almas, em meio a um hino de arquejos e suspiros.