Tudo o que sempre quis, tudo o que procurei.
Compreender os meus pesadelos, as minhas instáveis idéias e minhas constantes mudanças. A entrega absoluta e a abstenção de notável proporção. Procurando conforto na vaidade e apoio no orgulho.
E cada vez que escapei da realidade a minha alma morreu. Recluso em minha mente, transparecendo uma singela parcela do meu sofrimento. Despedaçado tentando encontrar o alívio na solidão desesperada. Suspiro agoniado no vazio sereno e inquieto.
Palavras sinceras sem sentido. Toques profundos, âmagos sem sentimentos. Olhos que outrora brilharam agora consumados. Olhar sem afeição. Beijos sem sensibilidade. Promessas incompreendidas. Amor sem esperança.
Traído pela raiva, traído pelo meu orgulho, traído pela minha luxúria. Percorri o caminho que me foi mostrado. Levei comigo a dor que deveria ter sido deixada para trás. Parti com as regras que me foram ensinadas contando apenas comigo mesmo.
Eu desejo força e mais do que isso, sabedoria. Sabedoria para perdoar o passado, para me perdoar. Para não voltar atrás os passos dados tentando descobrir que o que eu mais quero é somente desistir. Para não sentar e apenas ver a vida passar, esperando um sonho bater à minha porta e se apresentar novamente.
Gostaria de saber o que aconteceria se de fato eu deixasse tudo isso para trás. E assim sem medo ou receio, definitivamente desligaria essa memória, essa estima supérflua e dispendiosa.
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